Quando não há mais consolo,
Quando não há mais saída,
Quando o silêncio grita e para,
Num instante leve e intenso,
Branco e profundo,
Elas, as palavras, brotam.
Pequenas sementes de amparo,
Incandescências inquietas,
Luzes coloridas e pulsantes,
Tradutoras de sentimentos.
Ser poeta é ser selvagem.
E, no paradoxo, domar palavras.
É expor-se, brancas nuvens, em céu azul.
É doar-se ao outro (o que se sente)
E ver que seu reflexo é adotado pelo leitor.
Ser poeta é criar poemas-pássaros
Que pousam no olhar do outro
Que fazem morada além da margem
É parir e deixar ir, no movimento do mundo
Mudando rotinas
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