Sou um vulcão
E aqui dentro tudo explode,
Chama-viva, lava incontida.
Poço de desejos, incandescências.
E, ai de mim, que ouso alturas
Depois que acordei da rotina.
Antes de seus olhos, eu era passante
E as horas (poucas) tranquilidades.
Agora, suor e sussurros me rondam
Agora, carne e osso são poucos
Agora, lascívias e labores me ocupam,
Invadem-me e incendeiam.
Erupções multicoloridas de sonhos e jardins,
De praças e descansados domingos,
E minha lava descontrolada
Devastando as quietudes,
Trazendo a violenta força das paixões
Que só se assemelham ao bater de asas dos colibris:
Delicadeza e brutalidade complementares.
A urgência do agir sem deixar rastro.
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