* deriva do grego antigo e significa 'força restrita' ou 'necessidade'*
No exercício contínuo de seguir em frente,
Descobrir-se é mister,
É a necessidade primeira
De quem quer ser o que se é.
Então, há de dar asas às asas,
E ganhar o azul da liberdade aos pulmões,
Como se se coubesse o universo dentro do peito.
Então, há de se dar voz à voz,
E ressoar como címbalo encantado,
Que reverbera o bem e espanta maldades.
Então, há de dar ouvidos ao coração,
Saltar sem rede ao menor sinal,
Como trapezista corajoso e ganhar a imensidão.
Há de ser a dúvida, o espanto, o caos.
Há de receber o afeto, a poesia, o aconchego.
Há de compreender e se libertar
E dar um passo de cada vez
Como quem adota para si o tempo inteiro
E age como se fosse a dona da ampulheta,
Concorrente de Chronos,
Parceira das Moiras,
Escritora de seu destino.
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