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quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Lira




A tristeza da lira reverbera o poeta:
A alma que sente mais do que deveria,
A boca que grita as dores suas e do mundo.
Mas, que ainda assim, canta o amor
A esperança leve, ainda que tardia,
De ver o bem-amado chegar,
Pupila dilatada pela surpresa,
Desalinho, desatino, destino!
E a lira embala os sonhos
Nus, crus, como deveriam ser.
E o poeta se deixa levar
Não por escolha,
Mas, por envolvimento.

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