Às vezes a poesia extrapola as palavras.
Vira corpo. Vira movimento. Vira dança.
Tudo é magicamente transformado.
Pela dança, o corpo que se move lendo os sons,
Traduzindo as notas musicais.
É, sobretudo, um espetáculo múltiplo da divina criação.
Há um quê de entrega, de imersão,
De abandono de si e encontro com a alma.
Uma alma mater, muito maior que se pode perceber.
Traduzir os sons com o próprio corpo
(Instrumento divino)
Exercício de generosidade
Construção do sentimento
Plenitude da poesia
Que sem palavra alguma toca.
Sem palavra alguma emociona.
Sem palavra alguma invade e preenche.
A liberdade dos sons envolve o corpo
A harmonia paira e nos eleva.
A música, a dança não são nada além
Do que a alquimia coletiva:
União de elementos
Explosão da arte e beleza
Como são em si: gigantescas.
0 Comentários:
Postar um comentário