Escrevo tudo o
que sinto,
Mas nem sempre
sinto o que escrevo.
Se cabe ao
poeta encontrar-se,
A mim coube
perder-me.
Não sei mais
quais palavras são as minhas,
Quais delas
nascem de minha língua
Ou quais me
brotam poesia.
Não que eu não
seja meus versos,
Não que eu não
me encontre neles
Sequer os
desprezo.
São filhos
noturnos,
Paridos pelos
traçados cuidadosos
De caligrafias
cotidianas,
Adotados pela
beleza ou pelo bem que trazem,
Sendo
verdadeiros ou não.
São ninhos de
tigres
Dóceis e
selvagens
Indecifráveis.
São labirintos
de solidão,
São destinos
de mãos que obedecem
Ora à caneta,
ora à inspiração.
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