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sábado, 9 de maio de 2015

Ser ou Não Sei


Escrevo tudo o que sinto,
Mas nem sempre sinto o que escrevo.
Se cabe ao poeta encontrar-se,
A mim coube perder-me.
Não sei mais quais palavras são as minhas,
Quais delas nascem de minha língua
Ou quais me brotam poesia.
Não que eu não seja meus versos,
Não que eu não me encontre neles
Sequer os desprezo.
São filhos noturnos,
Paridos pelos traçados cuidadosos
De caligrafias cotidianas,
Adotados pela beleza ou pelo bem que trazem,
Sendo verdadeiros ou não.
São ninhos de tigres
Dóceis e selvagens
Indecifráveis.
São labirintos de solidão,
São destinos de mãos que obedecem

Ora à caneta, ora à inspiração. 

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