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quarta-feira, 6 de maio de 2015

Hayat






Hoje a insônia continua.
Ela tem nome, sobrenome
É sobre todo nome em minha lista.
Hoje, a insônia é só saudade:
A que me consome
E outra antecipada.
Hoje não descanso os pés que sonharam...
Eles não queriam ser de bailarina,
Mas de beduína, que baila nos desertos.
Hoje tenho saudades do tempo de menina.
Antecipo as saudades da mulher:
Hoje ela dança!
Gira e faz sonhar!
Não cruzou senão seus próprios desertos,
Mas aprendeu que seu peito é um oásis.
Que dentro dela habita um mundo.
Hoje a insônia tem um nome:
Sonho
E seu sobrenome é fé.
Quem a conhece chama de vida.
A menina-moça-mulher
Gosta de outra língua
E a diz: hayat! 

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