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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Paki*





(Mulher Nobre)

De onde venho?

De tempos antigos

Onde a terra era mãe

Onde deuses dançavam entre fogueiras

E eram os guardiões do fogo.

Onde os homens se entorpeciam em festivais.

Onde as mulheres eram cultuadas.

Sou filha de tradições:

Lembrada entre vários ritmos,

Nas letras das canções.

Sou a virgem dos sacrifícios,

O sangue derramado.

A amante dos teus sonhos,

Viva, quente, devassa.

A colheita celebrada.

A noite que nunca se acaba.

A estrela mais fria.

A lua cheia que seduz.

Vou pelo mundo com o vento

Cavalgo um centauro guerreiro

E tenho gosto de sal na boca

Porque corro nas areias da praia ao amanhecer

Perco-me no mar,

Danço entre as árvores.

No coração trago uma brasa

Que queima, que arde.

Sou filha da arte,

Sem nome ou sobrenome,

Habito seus sonhos,

Aguço seus desejos.

Sou fera indomável,

Sou anjo caído por opção:

Abri mão de toda e qualquer perfeição.

Sou mulher forte e decidida

Sei o que quero e pra onde vou,

Mas não me faça perguntas,

E se as fizer esqueça que um dia me amou.



*Mulher nobre, do havaiano.

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