(Mulher Nobre)
De onde
venho?
De tempos
antigos
Onde a
terra era mãe
Onde deuses
dançavam entre fogueiras
E eram
os guardiões do fogo.
Onde os
homens se entorpeciam em festivais.
Onde as
mulheres eram cultuadas.
Sou filha
de tradições:
Lembrada
entre vários ritmos,
Nas letras
das canções.
Sou a
virgem dos sacrifícios,
O sangue
derramado.
A amante
dos teus sonhos,
Viva,
quente, devassa.
A colheita
celebrada.
A noite
que nunca se acaba.
A estrela
mais fria.
A lua
cheia que seduz.
Vou pelo
mundo com o vento
Cavalgo
um centauro guerreiro
E tenho
gosto de sal na boca
Porque corro
nas areias da praia ao amanhecer
Perco-me
no mar,
Danço entre
as árvores.
No coração
trago uma brasa
Que queima,
que arde.
Sou filha
da arte,
Sem nome
ou sobrenome,
Habito seus
sonhos,
Aguço seus
desejos.
Sou fera
indomável,
Sou anjo
caído por opção:
Abri mão
de toda e qualquer perfeição.
Sou mulher
forte e decidida
Sei o
que quero e pra onde vou,
Mas não
me faça perguntas,
E se as
fizer esqueça que um dia me amou.
*Mulher
nobre, do havaiano.
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