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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Procura



Procurei-lhe em cada boca que beijei
– confesso que foram poucas –
E pelas noites adentro te chamei,
Tanto que minha voz fez-se rouca.

Em cada abraço buscava teu perfume
Passava entre braços numa dança interminável
No meio das estrelas imaginava ver teu lume
E meus olhos sentiam de ti uma saudade inesgotável.

No adiantar das horas eu penava
A noite fria me consumia
E, de teimoso, o novo dia raiava.

Ah, como é belo o amor que não se tem
E por teu amor, até morreria...
Só não morro, porque ao final, sei que não vens...

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