Cheguei
nesse cais com meu navio em chamas
Aportei
e o vi queimar lentamente, até naufragar.
Agora não
há mais como voltar,
Como atravessar
todos os mares que cruzei.
Não pegarei
mais as mesmas correntes
Já nem
sei quais foram as rotas.
No fundo,
acho que elas nem existiam...
Viajei à
deriva pro muitas luas,
Encantei
pelas estrelas e seu brilho distante
Senti o
vento frio a cortar meu rosto.
Passei por
terras desconhecidas,
Experimentei
sabores exóticos,
Entorpeci-me
com sons maravilhosos.
Aqui nessa
terra onde ancorei,
Onde tudo
parece-me estranho,
Acabei por
estabelecer meu porto,
Pra onde
volto todos os dias,
De onde
vejo o por do sol,
De onde
tenho a certeza de que não há volta,
De que
não poderei mais partir,
Porque o
navio que afundou
Pode até
ser substituído,
Mas ele
levou meus sonhos, esperanças, tesouros, amor.
Porque
outros navios virão e atracarão,
Mas em
nenhum deles encontrarei
Aquele que
um dia perdi:
minha
ilusão!
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