Não
preciso que me desfaça em elogios
Suas
palavras só me soam doces em certos momentos.
Depois,
o que fica é um gosto amargo.
Se era
pra não escrever mais, porque a promessa?
Por que
a pena e o papel sobre a mesa?
Não,
não faz sentido.
Não é justo,
nem tão pouco honesto.
Se era
pra ter partido por que a dúvida?
Por que
deixou que eu tivesse a sensação de que ficaria?
Em algum
momento, o que penso chegou a importar?
Se era
pra não ligar por que anotou o telefone?
Gastei meu
batom e os números se perderam no guardanapo...
Ah, e
ainda perdi meu tempo sonhando...
Achando
que seria possível,
Imaginando
como seria o nosso amanhã.
Que seja!
Os dias passam...
Dizem por
aí que o tempo cura tudo.
Há de
curar minha decepção,
Minha saudade,
Apagar meus
versos,
Silenciar
nossa canção, que um dia ousamos dançar juntos.
Que seja!
Que caiam raios, que chovam litros!
Pouco importa
agora.
Vejo a
areia escorrer pela ampulheta
E só o
que penso é que ninguém pode traduzir o que sinto,
Nem eu
mesma!
É coração
que sangra, é alma que se encolhe.
São olhos
que se perdem e dias que se esvaem.
Se era
pra dizer só mentiras
Podia ter-me
dado só o seu silêncio...
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