É
quando eu paro pra pensar em nós que vejo:
Somos um
livro!
De páginas
em branco, sim!
Páginas
amareladas, amassadas, envelhecidas.
Nós que
nos prometemos mil histórias,
Que jamais
prevíamos um fim,
Não fomos
capazes de escrever
Sequer
uma linha.
Na ampulheta
a areia escorre,
Parece mais
rápida a cada grão.
Não é que
nos tenha faltado tempo,
Esse foi
nosso amigo:
Passou ligeiro
em nossa distância,
Foi lento
em nossos encontros.
O que
faltou não foi papel,
Não foi
a tinta,
Muito menos
inspiração:
Já que
fazia de seus risos os meus
E fazia
dos meus abraços o seu sossego.
O que
faltou, meu amor,
Foi entendermos
o que dizia
O som
de cada coração.
Faltou percebermos
que o fim chega
Ainda que
não comecemos nenhuma história.
Não escrevemos
nossos nomes juntos
Por medo
de um dia ve-los separados
E agora
somos sombras de sonhos,
Poeira sobre
a escrivaninha,
Tinteiro
vazio.
Folhas ao
vento que vai nos levando...
(para
cada vez mais longe)
1 Comentários:
Ai de mim! Sou um livro cheio de rasuras!
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