sábado, 6 de julho de 2019
Sombra lunar
Doeu-me o sentir,
As mãos desgarradas,
O abraço pouco apertado
As vontades desalinhadas.
Doeu-me até o ar que respiro,
Os planos de papéis amassados,
Mais papéis pelo chão...
As horas sendo contadas.
Doeu-me não ser sua,
Nunca tocar seu coração,
Não experimentar sua pele,
Reconhecer-lhe como miragem.
Doeu-me até os ossos aquele Inverno.
Mas tudo se partiu num Verão
Enquanto eu sonhava em Primaveras
Aprendi a ser Outono: não mais me entregar, ser comedimento.
O amor é um ciclo completo de estações.
Rotacionou em mim.
Estacionei num eclipse
Descanso na sombra lunar
Mas ainda tenho chamas solares
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