Visitas da Dy

domingo, 14 de julho de 2019

Maya



Nada adiantou seus olhos de noite,
Seus ares de feiticeira.
Pouca coisa valeu tecer versos,
Traçar histórias.
Não eram as Moiras que lhe regiam, mas Maya.
E embora ele fosse só miragem,
Já era seu labirinto favorito
E dele não podia sair.
Não podia esquecer
Aquele que era ausência de caminhos
E, por isso, era presença.
Ela não podia esquecer
E, por isso, desejava perder-se 
Porque era o próprio inferno
Ter história não vividas
Guardadas em sua memória tão viva.
Ela não podia esquecer
Mas era tudo ilusão
Como se proteger daquilo que brilha e existe
Mesmo se ela estiver de olhos fechados na escuridão?

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