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quarta-feira, 3 de julho de 2019

Onde dorme o amor?







No meu peito fiz acolhida, preparei seu ninho, mas a cama ainda está vazia. 
O vento frio quase congela os sentimentos... nada os aquece a não ser (seus) sorrisos.
Choro saudades antigas, desde mil quinhentos e tal... desde terras distantes... desde sonhos surreais e coloridamente confusos. Só você vinha em preto e branco. Pele e manto. Sons desconhecidos, lábios que cantavam.
Onde dorme o amor por esses caminhos, que não comigo? Na beira de outra cama ou na margem da minha poesia? 
Onde dorme o amor? Quem o nina? Quem canta versos d'O Profeta em seus ouvidos, relembrando suas asas e doçuras?
Onde dorme o amor? Consegue fechar seus olhos e se entregar ao vagaroso passo da noite ou, como eu, é insone e busca respostas?
Já que não o encontrei nas camas que preparei, nos braços que cedi, no peito que escancarei os sentimentos, faço-me espera, mas sempre pergunto: onde dorme o amor?

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