domingo, 21 de julho de 2019
Ressaca
Era a mesa de bar
O antídoto "de esquecer".
As unhas batendo à borda do copo,
Os dedos sonhando as margens do corpo.
Era um estado quase febril:
Uma sensação de mormaço na nuca...
Seu hálito...
Seu (a)braço...
Meus tremores, vapores.
Era uma sede insaciável.
Era a boca sussurrando.
Era o pensamento girando,
As horas atormentando
E o abandono certeiro.
Mais uma alma ingênua.
Um pobre-diabo desavisado.
Uma aposta no amor:
Facasso!
Mais um bilhete perdido no espaço,
Um vão no peito,
O vazio.
A noite estendida em solidão.
Mais um final
(Nada feliz)
Em um conto sem fadas.
Restam as mensagens nas garrafas:
Beba, mas com moderação.
A dor de amor logo passa
E você se acostuma com a ressaca.
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