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quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Vulcão





Habita em mim um vulcão
Corre-me nas veias a lava
Queima-me com tudo o que sinto
E já não caibo nessa dimensão.

Habita em mim uma janela
Que abro todos os dias para o sol
Ele, in(sol)Ito, só a mim não vem
Mas ofusca meu olhar, chama amarela.

Habita em mim um leão
Ruge alto, selvagem, bravio,
Mas espera o sossego, a paz,
No fundo sonha com a domesticação.

Habita em mim o silêncio de uma capela
Que afasto usando as cores de setembro
Enquanto recito preces rabiscadas em um caderno
Implorando alento aos santos pelo fogo de uma vela.

Habita em mim uma vontade
De viver tudo de uma vez
De ser e não ser, partir e ficar

De ignorar calendários, desfolhar a temporalidade.

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