Habita em mim um vulcão
Corre-me nas veias a lava
Queima-me com tudo o que sinto
E já não caibo nessa dimensão.
Habita em mim uma janela
Que abro todos os dias para o sol
Ele, in(sol)Ito, só a mim não vem
Mas ofusca meu olhar, chama amarela.
Habita em mim um leão
Ruge alto, selvagem, bravio,
Mas espera o sossego, a paz,
No fundo sonha com a domesticação.
Habita em mim o silêncio de uma
capela
Que afasto usando as cores de
setembro
Enquanto recito preces rabiscadas em
um caderno
Implorando alento aos santos pelo
fogo de uma vela.
Habita em mim uma vontade
De viver tudo de uma vez
De ser e não ser, partir e ficar
De ignorar calendários, desfolhar a
temporalidade.
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