(Minha singela e sincera homenagem aos alunos do Colégio de Aplicação João XXIII: ao Terceirão A e C, que me permitiram atravessar com eles o ano mais complicado de seus estudos, estando às vésperas de vestibulares, ENEM, PISM; Aos alunos do 9º Ano que fecharam mais um ciclo e agora entram com todo entusiasmo no Ensino Médio, e, claro, aos meus queridos alunos do 8ºC, Águias de Ouro, que me escolheram como madrinha, que permitiram que eu descobrisse como eles são capazes de amar, e como, juntos, construímos em ano de novidades e novos olhares sobre a História!)
Não se escolhe
aluno. Ser professor, então, é antes de tudo uma aceitação: aceitamos os alunos
como eles são. Um pacote fechado e sem devolução.
Em um único
espaço somos trinta personalidades, cada qual com as suas vontades, com as suas
manias, com as suas graças. Cada um diferente e, por isso, tão especial.
Entrar em uma
sala de aula é quase como receber uma caixa de bombons sortidos: uns mais
doces, outros nem tanto, mas todos deliciosamente recheados com as suas
histórias e, como tudo aquilo que é para ser descoberto, passa a fazer parte da
nossa vida.
Talvez, alunos
sejam lápis de cor: tem dias que colorem as nossas vidas, em outros rabiscam
nossos planos. Sonhamos para todos eles os tons de azul – azul céu: de voos
altos, de imensidões para serem alcançadas e sonhos para serem realizados. Às
vezes nos obrigam a nadar em um mar vermelho: e haja braçada para correr atrás
do prejuízo! Atravessar o rio de notas baixas é cansativo, angustiante, mas
conseguimos, porque temos o apoio um do outro.
Ao final de
mais uma etapa, fica, de minha parte, uma vontade enorme de vê-los florescer na
vida, de ter notícias boas de cada um daqui pra frente, de saber do sucesso de
todos. E fica o meu amor pela História: a que aprendemos, a que construímos e aquela
que pra sempre iremos lembrar.
Desejo, do
fundo de meu coração, que a vida seja generosa com vocês. Que tenham gentilezas
e sutilezas e saibam enxergar os detalhes, os encantos de todos os momentos.
Desejo que
possam ver a História com olhares diferentes daquele com o qual os encontrei.
Desejo que a apreciem como parte importante da formação de vocês enquanto
pessoas, enquanto cidadãos, e que não se esqueçam de esquecer as datas! Não
precisaremos saber todas!
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