Desconheço essa língua
(E a sua língua).
Os sinais já não me dizem tanto.
Em outros tempos (vidas?) eu os
entenderia.
As placas parecem indicar outros
rumos.
Atalhos errados,
Estradas sem acostamento.
Não há tempo para pausas:
Caminhar, caminhar, sem saber onde
chegar.
Não compreendo a cidade,
Não compreendo seus trejeitos,
Alimento-me com o novo,
Com aquilo que inaugura-se em mim a
cada dia,
E aprendo a degustar o inesperado,
Sentindo cada sabor.
(Ineditismo)
Na pressa embrulho (me) para viagem:
Há lembranças para se consumir
E muitas outras para se construir.
Tudo passa, pouco para,
Pousa só para dormir,
Extraindo da terra que sonhei
Frutos e sementes maduros e verdes
Como os olhos que chegaram aqui:
Crus de toda paisagem,
Ávidos por novos contornos,
Tomando fôlego para um mergulho
Nos limites das fronteiras
recém-atravessadas.
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