Para o casal que extrapola essência de um amor bom!
Amores bons são os
desordenados, os que enxergam belos horizontes até longe de Minas, os que
deliram nos mares de morros, os que atravessam fronteiras.
Amores bons são aqueles
ritmados, que tamborilam, que embalam, que levam todo o corpo em suas toadas,
que roubam o pensamento e induzem às leves divagações, que chegam rápido e
custam a passar.
Amores bons são
aqueles emaranhados, de histórias enoveladas, de mil contos sem fins, de ricas
rimas, sem métricas pobres, de versos, de prosas, de entrelinhas e sem pontos
que coloquem um fim.
Amores bons são de
nós, de marinheiros, de viagens, de planos e mapas, de volta ao mundo sem sair
do lugar, de vídeos e pipocas, de músicas e silêncios que afagam o ouvido,
aquecendo cada centímetro do corpo que nem sente frio.
Amores bons
espalham-se pelo mundo. Encontram-se nas esquinas, estampam-se pelos muros. Giram
nas cabeças de lua, girassóis alegres mesmo em dias de chuva.
Amores bons são de
sorrisos e de lágrimas, de apertos e suspiros, são aqueles que acrescentam rumo
mesmo quando parecem perdidos, são cheios mesmo quando não trazem nada nas
mãos, porque o que está cheio é o coração.
Amores bons saltam
dos livros, rompem com os poemas, fogem de toda ficção e vem pousar, livres, na
ponta dos dedos, nos ombros, no galho da árvore do nosso quintal, vem morar com
a gente, fazendo festa em arrebol.
Amores bons navegam
pelos mares rumo ao poente, recriando, se precisar até uma nova direção, porque
são reais, porque são literais porque são.
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