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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Amores Bons



Para o casal que extrapola essência de um  amor bom!

Amores bons são os desordenados, os que enxergam belos horizontes até longe de Minas, os que deliram nos mares de morros, os que atravessam fronteiras.
Amores bons são aqueles ritmados, que tamborilam, que embalam, que levam todo o corpo em suas toadas, que roubam o pensamento e induzem às leves divagações, que chegam rápido e custam a passar.
Amores bons são aqueles emaranhados, de histórias enoveladas, de mil contos sem fins, de ricas rimas, sem métricas pobres, de versos, de prosas, de entrelinhas e sem pontos que coloquem um fim.
Amores bons são de nós, de marinheiros, de viagens, de planos e mapas, de volta ao mundo sem sair do lugar, de vídeos e pipocas, de músicas e silêncios que afagam o ouvido, aquecendo cada centímetro do corpo que nem sente frio.
Amores bons espalham-se pelo mundo. Encontram-se nas esquinas, estampam-se pelos muros. Giram nas cabeças de lua, girassóis alegres mesmo em dias de chuva.
Amores bons são de sorrisos e de lágrimas, de apertos e suspiros, são aqueles que acrescentam rumo mesmo quando parecem perdidos, são cheios mesmo quando não trazem nada nas mãos, porque o que está cheio é o coração.
Amores bons saltam dos livros, rompem com os poemas, fogem de toda ficção e vem pousar, livres, na ponta dos dedos, nos ombros, no galho da árvore do nosso quintal, vem morar com a gente, fazendo festa em arrebol.

Amores bons navegam pelos mares rumo ao poente, recriando, se precisar até uma nova direção, porque são reais, porque são literais porque são.

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