Dizem por aí
que “a primeira vez a gente nunca esquece” e bem acho que dessa vez vai ser
verdade. Algumas das minhas “primeiras vezes” eu fiz questão de esquecer,
outras eram tão bobinhas que passaram batidas, mas algumas são realmente
marcantes.
Ontem andei de
avião pela primeira vez. Antes tarde do que nunca. Pensei que fosse morrer na
decolagem: aquele “trem” corre demais da conta! Dá um apertinho no coração, uma
agonia meio seca na garganta. Era um medo gigante! Deve ser coisa de quem é
marinheiro de primeira viagem.
Tive “sorte”
meu assento era na janelinha. Afffffffff... acho que o rapazinho da companhia
aérea fez de maldade. O comandante avisou para a tripulação se preparar para a
decolagem e eu segurei forte nos braços da poltrona. Lembrei do conselho do
Raphael: “canta a música do Belchior!”, mas preferi cantar o Chico (Buarque) e
cantei “meu cabelo é cinza e o dela é coooorrrrr de abóoooboraaaaa” (Essa
Pequena). Ui, um tranquinho e lá estava aquele avião de toneladas voando...
lindo!
Essa foi uma
experiência incrível que me fez pensar em muitas coisas: na maravilha que é a
tecnologia, só pela idéia de ver um avião voar, o que é no mínimo
impressionante; na grandiosidade do mundo, que visto lá de cima é lindo,
pequeno, frágil; nas sensações que nós, pobres mortais, sentimos; na
mesquinhez, crueldade e mediocridade da raça humana.
Menos de uma
hora de vôo, algumas músicas do Chico no mp3, o céu da cor dos olhos do meu
filho, as nuvens branquinhas sendo “furadas por mim”, as distâncias diminuindo,
o coração batendo mais forte e um monte de coisas pra escrever que a partir de
agora darão início a uma série de textos que virão na sequencia...
Uma coisa eu
digo: voar é muito bom. Viajar renova as baterias, a visão de mundo e deixa a
gente com vontade de conhecer mais lugares.
Ah, e sobre o
pouso do avião foi muito mais tranqüilo, nem senti! Quando vi estava já em solo...
pronta para desvendar novas terras nunca “d’antes navegadas”...
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