Segunda-feira.
Bah... detesto segundas-feiras. Isso nem é novidade. Todo mundo tem um dia da
semana ou do mês ou do ano que não gosta. Eu tenho vários: são TODAS as
segundas-feiras, que bem poderiam se chamar segundas-feias.
Estou em
Campinas, tive um final de semana agitado e uma bela insônia na virada do domingo
para a segunda. Maravilha! Dormir três horas na noite é tudo que eu preciso pra
virar um... zoombie. Com muita sorte viro um simpático panda.
Às sete da
manhã – quê????? – eu estava de pé, trocar de roupa, maquiagem, café, bolsa,
celular, fones de ouvidos, ônibus, UNICAMP, congresso e no meio da tarde FEBRE!
Parei por um
momento e quis logo ir pra casa. Não para a casa que estou hospedada, que
aliás, merece aqui toda sorte de elogios, mas para a minha casa mesmo. Não para
a do Rio... a de Juiz de Fora. Aquela que tem minha mãe e meu filho!
Distâncias à
parte fui para a casa da minha amiga mesmo. Me joguei no sofá com as luzes
apagadas, casa vazia, bolsa no chão, cabeça rodando. Parei pra pensar em quem
poderia cuidar de mim.
Sabe quando
você faz uma listinha de pessoas que gosta e começa a pensar se essa pessoa se
disporia a cuidar de você, pois é, fiz isso.
Em poucos
minutos a conclusão: ninguém vai cuidar de mim! É que chega uma hora que a
gente cresce. Vira gente grande e aí a sua mãe vai te dar só um pouquinho de
colo, porque ela tem outros afazeres e você também. Eu tenho um monte de coisas
pra fazer e não posso ficar aqui curtindo a minha febrinha – que ainda não tem
um motivo evidente – só porque é segunda e eu não gosto desse dia. Não posso
querer que o mundo pare por mim. Que alguém pare pro mim.
Tá bom, vai...
arrumei aí alguns candidatos a meus cuidadores. O drama não é pra tanto, mas
uma coisa fique clara: não é porque ficamos doentes ou tristes ou alegres ou
indecisos ou sei lá o quê que nossos amigos, amores, familiares vão descer de
seus mundinhos por nós. Eles podem nos dar carona, segurar na mão, diminuir a
velocidade, mas parar, nunca!
O que eu
demorei a entender é que estar longe não significa “não estar”. Não correr até
você, não significa que não se importa. Não parar, não é falta de carinho. É tudo
ao contrário. É estímulo pra eu levantar da comodidade e recomeçar a correr
atrás da vida, se não ela passa e eu, ah, eu fico a ver navios.
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