(Sempre achei
lindo os pintores que faziam seus autorretratos. Era quando eu via essas obras
de Van Gogh ou de Tarsila do Amaral que eu entendia como as obras de arte
conseguiam mexer com todos os nossos sentidos e nos mostrar poesia... algum
tempo depois deparei-me com o “Auto-retrato” de Mário Quintana, que me encantou
mais ainda e me fez desejar um dia ser capaz de escrever algo que me definisse
por mim mesma. Algo do tipo “Quem é você?” e, então, com palavras soltas fiz o
meu próprio autorretrato.)
Eu... por eu
mesma
Sou menina
sapeca,
“levada da
breca”...
Timidez em
pessoa
Despistada em
alegria.
Olhos bem
vivos
Risada espontânea
Palmas pra
vida!
Pulinhos de
felicidade!
Vermelha de
vergonha, olho por chão.
Sem graça,
passo a mão na nuca
Ansiosa, já não
durmo
Nervosa, me
agito.
Quieta só
quando entregue ao sono
Silêncio só
quando distraída.
Músicas?
Trilha sonora
pra vida!
Poesias?
Embalam todos
os meus dias!
Notívaga,
Sou fã da
lua...
Pelo brilho
das estrelas meus olhos parecem os de uma coruja.
As palavras
são sempre lançadas
Da boca que
não tem travas.
Os braços
sempre buscam abraços
Os beijos
sempre querem ser dados,
Mas esperam
pacientes, o seu destinatário.
Ganha-me o
coração
Quem enxergar
minha alma.
Decifrar os
meus segredos
É enigma de
esfinge.
Dou um doce
pra quem acertar
Uma palavra
que me define.
Entre pedras e
flores,
Amores.
Entre cabeça e
chapéu,
Dúvidas que
vão até o céu.
Do desvario
sou salva
Com a caneta e
o papel.
No fundo tenho
um coração que arde
Se iludindo na
busca da verdade...
*** Em tempo: o senhor Google
me disse que de acordo com a nova
ortografia a palavra autorretrato passa a ser grafada sem o hífen e com o “r”
dobrado. Sim, acho feio de doer, mas fazer o quê?***
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