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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Autorretrato




(Sempre achei lindo os pintores que faziam seus autorretratos. Era quando eu via essas obras de Van Gogh ou de Tarsila do Amaral que eu entendia como as obras de arte conseguiam mexer com todos os nossos sentidos e nos mostrar poesia... algum tempo depois deparei-me com o “Auto-retrato” de Mário Quintana, que me encantou mais ainda e me fez desejar um dia ser capaz de escrever algo que me definisse por mim mesma. Algo do tipo “Quem é você?” e, então, com palavras soltas fiz o meu próprio autorretrato.)





Eu... por eu mesma

Sou menina sapeca,

“levada da breca”...

Timidez em pessoa

Despistada em alegria.

Olhos bem vivos

Risada espontânea

Palmas pra vida!

Pulinhos de felicidade!

Vermelha de vergonha, olho por chão.

Sem graça, passo a mão na nuca

Ansiosa, já não durmo

Nervosa, me agito.

Quieta só quando entregue ao sono

Silêncio só quando distraída.

Músicas?

Trilha sonora pra vida!

Poesias?

Embalam todos os meus dias!

Notívaga,

Sou fã da lua...

Pelo brilho das estrelas meus olhos parecem os de uma coruja.

As palavras são sempre lançadas

Da boca que não tem travas.

Os braços sempre buscam abraços

Os beijos sempre querem ser dados,

Mas esperam pacientes, o seu destinatário.

Ganha-me o coração

Quem enxergar minha alma.

Decifrar os meus segredos

É enigma de esfinge.

Dou um doce pra quem acertar

Uma palavra que me define.

Entre pedras e flores,

Amores.

Entre cabeça e chapéu,

Dúvidas que vão até o céu.

Do desvario sou salva

Com a caneta e o papel.

No fundo tenho um coração que arde

Se iludindo na busca da verdade...




*** Em tempo: o senhor Google me disse que de acordo com a  nova ortografia a palavra autorretrato passa a ser grafada sem o hífen e com o “r” dobrado. Sim, acho feio de doer, mas fazer o quê?***

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