Visitas da Dy

domingo, 22 de março de 2015

Mundo de Símbolos




Um mundo de símbolos vive em mim,
Ressoam seus significados como címbalos em festim
E nessa minha festa particular
Abro minhas asas de um éter de quase abrumar.
Nas sextas-feiras de cinza conto as vezes
Que morro e renasço: ultrapassam as treze.
Desejo que toda quinta-feira, vinte, seja de trinta,
Como foi no último ano par, em que minha unha tinta
Batucou, na borda da taça cheia de tinto, alegrias
Daquelas que não cabem em uma hora, daquelas que duram dias.
Brinco entre sons desconhecidos que me são familiares, sonho com desertos,
Acompanho alaúdes, cigana em busca de melodias que fazem meu coração mais desperto 
Ah, e se todo sábado eu me aliciasse?
E se toda segunda a Alice eu virasse?
Que mundo de maravilhas eu encontraria?
Será que, como a pequena, entre espelhos eu me perderia?
Não há respostas para todas as perguntas, perdi as esperanças
Assim como imersa em meu próprio caos não experimento temperanças.
Talvez daqui a mais trinta eu alcance a consciência
De que é preciso crescer, endurecer, mas, por enquanto, vivo a adolescência
Que não abandono por capricho e apego:

Gosto dessa coisa de me equilibrar entre a certeza e o medo.

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