Um mundo de símbolos vive em
mim,
Ressoam seus significados como címbalos
em festim
E nessa minha festa particular
Abro minhas asas de um éter de
quase abrumar.
Nas sextas-feiras de cinza
conto as vezes
Que morro e renasço:
ultrapassam as treze.
Desejo que toda quinta-feira,
vinte, seja de trinta,
Como foi no último ano par, em
que minha unha tinta
Batucou, na borda da taça cheia
de tinto, alegrias
Daquelas que não cabem em uma
hora, daquelas que duram dias.
Brinco entre sons desconhecidos que me são familiares, sonho com desertos,
Acompanho alaúdes, cigana em busca de melodias que fazem meu coração mais desperto
Acompanho alaúdes, cigana em busca de melodias que fazem meu coração mais desperto
Ah, e se todo sábado eu me
aliciasse?
E se toda segunda a Alice eu
virasse?
Que mundo de maravilhas eu
encontraria?
Será que, como a pequena, entre
espelhos eu me perderia?
Não há respostas para todas as
perguntas, perdi as esperanças
Assim como imersa em meu próprio
caos não experimento temperanças.
Talvez daqui a mais trinta eu
alcance a consciência
De que é preciso crescer,
endurecer, mas, por enquanto, vivo a adolescência
Que não abandono por capricho e
apego:
Gosto dessa coisa de me
equilibrar entre a certeza e o medo.
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