Visitas da Dy

domingo, 29 de março de 2015

Esquinas



Visitou tantas esquinas quanto pode
Em cada cidade, um mundo.
Perdia-se em cada uma delas
E encontrava-se um pouco
Em cada perdição.
Errava com passos desprendidos
Errava no melhor sentido:
Era. Existia. Encontrava,
Sem nunca ter procurado.
(Podia, então, dizer que era encontrada!)
Caminhadas livres de rotinas,
Mapas não consultados,
Limites e fronteiras confundidos,
Deixava-se levar pelo fluxo:
Do rio ou do vento,
No afluxo das estações,
Do sangue azul da terra
No embalo das emoções,
Do sangue quente das veias.
De amores carnavalescos
À cinzas invernais,
Aprendeu a rir sonoridades,
Semear serenidades,
Gritar euforias,
Desfazer-se em alegrias
E a seguir caminhante.
Desviou de carros e pessoas apressados,
De pingos de chuvas e ventos frios.
Descansou em feriados
E descobriu que as esquinas são mágicas:

Guardam novidade em suas dobras!

0 Comentários:

Postar um comentário