Pular do trem, afogar as mágoas.
Jogar tudo para o alto, desistir dos
planos.
Abandonar o navio, saltar pela
janela.
Não há remédio para as dores
Que sofremos ao bater nas quinas da
vida.
Nada resolve. Morfina ou aspirina.
E dói. Corrói. Destrói o pouco de
sanidade
Esfacela um tanto de humanidade.
E se não há nada a fazer,
Senão aguardar o que já foi
prenunciado,
Que o bailado à espera da morte seja
belo.
Que a vida tenha ares de salvação,
Que reste a esperança sobreposta à
aflição,
Que o amor seja alento e descanso,
Que ele nos salve daquilo que sabemos
Não ter escapatória.
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