Visitas da Dy

sábado, 20 de junho de 2015

Zephirus




Ouve além do vento!
Minha voz sussurra seu nome.
Antes fosse um grito, claro, forte,
Mas acostumei-me às delicadezas
E faço delas minhas armas.
Aproveito as noites calmas e quentes
Os iluminados sorrisos da lua crescente
E peço a ela os meus sonhos:
Os que guardo no travesseiro,
Os que tenho de olhos abertos,
Os que nascem nas madrugadas,
Aqueles que compro na padaria.
Peço dias amenos, noites tranquilas,
Seus pés no meu caminho.
Nesse céu salpicado de estrelas,
De histórias incontáveis,
Conto os brilhantes até dormir.
E penso em tudo o que é luz e som
E que se estende para além do tempo.
Admiro, ainda mais a ampulheta:
Ela sim, aprisionou aquele que não para
E que ainda em cárcere,
Não cessa sua jornada.
Agora entendo a areia
Que escorre pelos meus dedos.
Agora entendo as preces
Que se desprendem de meus lábios.
Ouve além do vento!
É por ele que entenderá os segredos
Desta e de tantas outras vidas,
Os meus e os de tantas pessoas.
Ouve além do vento!
E se puder reconhecer uma única voz
Pode ser a de um amor que chama agora:

Vem!?

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