Desce dessa estrela que lhe carrega
Toma de volta o brilho que é seu.
Desce e venha ver como o chão é bom,
Como ter raízes eleva o espírito,
Como é crescer e se fortalecer.
Desce dessa estrela que risca o céu,
E realiza o desejo que fiz.
Desce e venha ser de um azul mais forte, marinho.
Troca a mansidão celeste
Pelas agitações marinas.
Experimenta a euforia de minha companhia.
Experimenta o que é ter só a cabeça na lua.
Experimenta enraizar-se em planos – e planícies –
E aprende a levantar voo
Só quando o vento for calmo,
Só em avião feito de papel em branco,
Enfeitado de versos rabiscados.
Experimenta navegar em barcos de papel
Que naufraga e desmancha
(Ou desmancha e naufraga?)
Em seu próprio tempo,
Que sabe onde tem que chegar,
Mas que não se importa com os desvios,
Que é inocente e pueril.
Experimenta brincar de ser aquarela,
Colorir o que está á volta,
Preencher meus lábios com a cor de seu sorriso,
Meus caminhos com a cor de suas pegadas,
Meus dias com seus azuis-e-brancos
De papel, de céu, de imaginações estreladas.
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