Subi o mais alto que poderia
Daqui do alto contemplo o azul
É mar, é saudade,
Serão os dias que virão?
Se eu apanhar a água do mar
E colocar em um aquário
Criaria um novo mundo?
E se a sua retina tocar
O liame dos meus sonhos,
Terá parte em tudo o que faço?
Sei mais de água (salgada),
Do que de (meus) olhos (castanhos),
Do que verdes (olhares),
Do que liláses (contemplações).
Sei bem mais de lápis de cores
Do que de nuances sentimentais.
Sei bem mais de reflexos no espelho
Do que de meus reflexos nas pessoas.
Sei mais dos efeitos que gostaria
Do que dos que realmente causo.
Sei muito mais do aquário que possuo
Do que dos peixes que poderiam habitá-lo.
Sei mais dos mundos que crio
Do que daquele em que vago.
E já pouco respiro
Talvez só me inspiro.
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