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segunda-feira, 13 de abril de 2015

Ausência



Chegou-me aos braços a sua ausência.
Invadiu-me a cama,
A noite, o porta retrato.
Era uma falta dolorida, de estar doente.
Era uma vontade de ficar encolhida,
Recolhida, remoída.
Era uma falta arrepiante,
Lâmina afiada, cortante,
Poema sem métrica, irritante,
Espaços sem preencher.
Chegou-me aquela ausência como fantasma,
Vulto negro sem contraste com a madrugada,
Sombra presente de tudo o que já tinha ido.

Passado presente como se fosse possível.

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