Faço das respostas perguntas.
A cada pergunta, novas dúvidas
E o círculo vicioso se forma.
Se não sei nunca a resposta,
Se não me cessam as perguntas,
Não descanso nem de dia nem de noite.
Sou um questionário infinito
De matéria ainda não dada,
De manias ainda não decoradas
E se lanço no ar a dúvida corrosiva,
É que aqui dentro ela já deu partida:
O que não converto em poesia,
Retina pela minha retina,
Rebrilha em estrelas frias
E segue a badalar nos ouvidos:
Há perguntas sem respostas
Há compreensões que dispensam entendimentos.
0 Comentários:
Postar um comentário