Entre duas
montanhas, o vazio,
Espaço onde
o vento brinca,
Onde os
olhos se deliciam,
Onde os
sonhos se jogam para voar.
Entre minhas
pernas, as suas.
Entre nossas
bocas, o mel.
Entre nossas
palavras, o silêncio.
Ao meu
alcance, a tua mão.
Sob meus
pés, nossos caminhos.
Em minha
cama, seu sono,
Conforto,
seus sonhos.
Na minha
pele, seu cheiro,
Desejos
satisfeitos.
Entre nós
e o mundo lá fora, um abismo.
3 Comentários:
O meu querido amigo Isaías Souza não conseguiu postar aqui o comentário que fez a esse escrito, então, tomei a liberdade de transportar o que ele me disse em uma rede social para este espaço. Por que? Porque aqui posso visitar as palavras dele sempre!
Por Isaías Souza, em 11/01/12:
Uau! Quisera eu estar separado do mundo por abismos assim ultimamente. Mas com pontes que levam à realidade, claro. Preciso comprar o meu pão e o meu leite para o café da manhã! Preciso transitar entre o calor da cama e o barulho da pseudo-civilização. O perigo são as pontes imaginárias que somem de repente e fazem cair tão profundo, que desaparece a sombra e nasce o desespero. Nessa ponte imaginária eu não quero mais passar, mas vejo alguns que se iludem facilmente com ela. É como compôs poeticamente e cantou com furor de alma, o grande Agenor Miranda Araújo Neto: "Pequenas porções de ilusão."
Não duvide: há quem goste de viver assim. Não mulheres inteligentes como você.
A percepção de que existe um abismo entre o gozo e a realidade é que nos ensina onde pisar.
Beijo querida!
E minha resposta:
acho sempre que me enche de elogios que nao mereço! mas é quando leio essas coisas tão bonitas que escreve que percebo que (sim!) é possível que alguém nos entenda através dos nossos escritos, dos meus escritos.
quando começo a escrever nunca sei onde vou parar, só sei o que preciso por pra fora, e, nesse momento o que preciso é que alguém me faça sentir assim, que me faça me desligar de todo esse mundo louco que me cerca e me dar a sensação de segurança, de conforto, de ser amada, embora eu tenha plena convicção de que não sei ser amada.
obrigadíssima, meu querido!
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