Visitas da Dy

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Abismo





Entre duas montanhas, o vazio,

Espaço onde o vento brinca,

Onde os olhos se deliciam,

Onde os sonhos se jogam para voar.

Entre minhas pernas, as suas.

Entre nossas bocas, o mel.

Entre nossas palavras, o silêncio.

Ao meu alcance, a tua mão.

Sob meus pés, nossos caminhos.

Em minha cama, seu sono,

Conforto, seus sonhos.

Na minha pele, seu cheiro,

Desejos satisfeitos.

Entre nós e o mundo lá fora, um abismo.

3 Comentários:

Dy Eiterer disse...

O meu querido amigo Isaías Souza não conseguiu postar aqui o comentário que fez a esse escrito, então, tomei a liberdade de transportar o que ele me disse em uma rede social para este espaço. Por que? Porque aqui posso visitar as palavras dele sempre!

Dy Eiterer disse...

Por Isaías Souza, em 11/01/12:


Uau! Quisera eu estar separado do mundo por abismos assim ultimamente. Mas com pontes que levam à realidade, claro. Preciso comprar o meu pão e o meu leite para o café da manhã! Preciso transitar entre o calor da cama e o barulho da pseudo-civilização. O perigo são as pontes imaginárias que somem de repente e fazem cair tão profundo, que desaparece a sombra e nasce o desespero. Nessa ponte imaginária eu não quero mais passar, mas vejo alguns que se iludem facilmente com ela. É como compôs poeticamente e cantou com furor de alma, o grande Agenor Miranda Araújo Neto: "Pequenas porções de ilusão."
Não duvide: há quem goste de viver assim. Não mulheres inteligentes como você.
A percepção de que existe um abismo entre o gozo e a realidade é que nos ensina onde pisar.

Beijo querida!

Dy Eiterer disse...

E minha resposta:


acho sempre que me enche de elogios que nao mereço! mas é quando leio essas coisas tão bonitas que escreve que percebo que (sim!) é possível que alguém nos entenda através dos nossos escritos, dos meus escritos.
quando começo a escrever nunca sei onde vou parar, só sei o que preciso por pra fora, e, nesse momento o que preciso é que alguém me faça sentir assim, que me faça me desligar de todo esse mundo louco que me cerca e me dar a sensação de segurança, de conforto, de ser amada, embora eu tenha plena convicção de que não sei ser amada.
obrigadíssima, meu querido!

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