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domingo, 2 de dezembro de 2012

Bolhinha de Sabão




Eu desejosa de encontrar um meio de definir a felicidade, de buscar algo que pudesse se aproximar desse sentimento que vira e mexe me invade, pus-me a observar as coisas a minha volta.
Encontrei bolhinhas de sabão pelos ares. Sim! São elas as definições mais perfeitas de felicidade e se somadas a outras coisas simples do meu cotidiano que explosão de alegrias não encontro!?!
As bolhas de sabão são leves, almas livres, graciosas, que se deixam levar pelo bel prazer do vento, com toda a sua singeleza, sua delicadeza. Tomam todo o ar como as músicas que gosto de ouvir. Enchem-me os olhos como as minhas flores preferidas ou como um quadro de Romero Brito, cheio de cores.
Elas me fazem esquecer das regras rígidas que me regem e, que, de certa forma ajudei a criar no dia em que não me opus a elas. Elas rompem a lógica de que tudo que é solto no ar vai ao chão. Elas dançam harmoniosamente contrastando com o som bagunçado dos carros, buzinas e correrias que teimam em entrar pela janela de meu quarto.
Com as bolhas de sabão aprendi a usar cores, muitas cores, para mostrar que a monocromia traz a monotonia e que o mini arco-íris que elas carregam é que as deixam tão belas: parecem tão vazias, mas são tão cheias de cores....
Em certo momento chego a pensar nas bolhinhas como caixinhas que guardam amores: são frágeis ao toque desavisado de quem as tenta tomar de súbito. Só conseguem se manter diante da liberdade de seu voo. Podem ainda ser a embalagem de um sonho, que vê em papel bonito e que precisa ser perseguido, já que seu curso é indefinido. Alcança-lo e realiza-lo é questão de paciência, persistência, dedicação e um tantinho de loucura.
Somo as bolhinhas de sabão com as coisas simples: meu vestido preferido, meu perfume preferido e meu chapéu preferido: sinto-me colorida! Sinto-me leve! Transformo-me na perseguidora de bolinhas, em palavra nunca antes pronunciada, só pelo prazer de ter-se mantido em segredo e ser descoberta nos detalhes.
Com as bolhinhas aprendi a ganhar caminhos livres e a ser mais autêntica, então, que me venham os chapéus! Adoro chapéus! São os guardiões de meus pensamentos mais loucos e mais calmos. Ornam minha cabeça, escondem minha confusão de ideias.
Para definir a felicidade eu usaria, sem dúvidas, bolinhas de sabão e chapéu com laço de fita. E a explicação é simples: é preciso ser leve para que se possa fazer o que deseja e o mais importante é se deixar levar sem dar importância aos olhos que podem nos observar.
Usarei mais chapéus.
Correrei mais atrás de minhas bolhinhas de sabão.

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