21 de dezembro de 2012. Essa é a data prevista pelos Maias, povo
pré-colombianos habitantes da América bem antes dos
brancos-metidos-a-civilizados-europeus chegarem por aqui, para o fim dos tempos.
Para saber se o mundo vai
mesmo acabar ainda temos alguns dias a esperar, mas de qualquer maneira, está
sendo um ano de muitas perdas.
Como historiadora não posso deixar de citara grande perda de
Eric Hobsbawn: historiador, marxista, fantástico, que inspira milhares de
trabalhos, deixando-nos um legado fabuloso.
No cinema, o ator Michael
Clarke Duncan, do filme “À espera de um milagre”, com atuações brilhantes em
toda a carreira, que várias vezes me deixou emocionada diante da TV.
Agora quem se vai é Niemeyer, 104 anos, flamenguista, arquiteto
e comunista. Mais do que nunca, hoje meu coração é mais vermelho: de uma
saudade ainda vindoura dos grandes trabalhos que o grande Oscar poderia ter
feito.
Despeço-me dele olhando para as tantas fotos que já tirei no
Museu de Arte Contemporânea de Niterói, da Catedral de Brasília, da própria
Brasília, que se mostrou para mim como a concretização, literalmente, de um
sonho, o meu sonho de conhecer a capital administrativa do meu país.
Transito diariamente entre o MAC e o Caminho Niemeyer, lembro saudosa da Pampulha e de Brasília e
lamento que tenhamos perdido um talento tão grandioso.
Se o fim do mundo está chegando, nossos bons se adiantaram e nos
deixaram mais tristes, órfãos de suas
grandiosidades.
Que 2012 termine logo, sem maiores perdas, por favor!
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