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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Tambor




Esticaram a pele cuidadosamente
Curtiram-na no calor do sol
Prenderam-na nas bordas
E deram o primeiro som
Como um surdo que cadencia
Um samba alegra.
O resto animou-se ao som das liras,
A mesma feita das tripas,
Quando nada mais restava ao coração.
Como aquele tambor recém-feito
Pôs-se a bater o meu peito
Vai no compasso de seu passo
Segue o ritmo que os olhos ditam
Quando veem você se aproximar
Meu coração é tambor.
Pobre dele!
Ai, de mim!
Se me passas e não olha: quanta dor!
Mas se volta e sorri,
Meu samba da vida
Se abre em flor!

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