Era inverno e o sol teimava:
Aparecia só pelo prazer de aquecer os
corações.
Era uma manhã como todas as outras,
Já dourada.
Os dias seguiam como todos os outros
E por mais que ninguém entendesse,
Aquelas vidas tinham uma dinâmica própria:
Eram almas companheiras,
De caminhos, de vidas, de amores,
Por mais que isso lhes causasse dores,
Não sabiam mais se separar.
Por mais incerto que o destino fosse,
Que ninguém os perguntasse,
Por mais que não quisessem,
Os olhos dela brilhariam todos os dias
Ao ouvir a canção que embalava sua história
Todos os dias ela teria uma alegria febril,
Dessas de arder o sorriso e o coração
Por mais que soubesse que a alegria era
incerta
Mas era bem melhor deixar dessa forma
Era bem melhor deixar que o dia seguisse
seu caminho,
Que a vida levasse seu rumo para o
além-mar,
Para o além dos sonhos e das compreensões
dos comuns
Era com olhos de maio que ela via o futuro:
Como quem espera o outono passar,
O frio esquentar para a primavera chegar,
Porque as novas flores, as novas cores,
Mais uma vez trariam as certezas incertas
De que esse era o melhor ritmo que poderiam
ter.
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