Calma, criança!
Não é o fim do feriado!
Nem tão pouco o último fim de semana.
Ainda teremos sorvete no freezer ,
Pipas pelos ares
E músicas nos realejos
Ah, sim, os realejos não fazem parte de seus dias...
Por que tanta pressa pra viver?
Os dias são longos...
Há ainda muito poema pra se escrever.
Deixa eu pegar os meus óculos e ler um livro pra você!
Dá tempo de cantarolarmos mais uma canção.
Não busque o tempo certo das coisas.
Não há o certo
E talvez nem haja o tempo.
Esse tica-tac que se ouve é só o som da máquina
Da nossa escravidão em nós mesmo
Das amarras que criamos para a nossa pressa.
Colocamos prazo de validade nos nossos sonhos
E eles se desfazem.
Não há tempo de ser feliz.
Isso não é agendável
Acontece
Principalmente quando se trata de pessoas como eu
E como outras tantas, talvez até você, quando crescer!
Somos do tipo avoadas,
Apaixonadas pelo vento
Instáveis.
À nossa maneira vamos levando os dias
Sem pressa, sem correria
O que vier é sempre novidade
É sempre mais uma possibilidade
É assim que se caminha
É assim que eu vejo o mundo
É assim que estruturo a minha vida
Sem contar os dias
Sem contar as horas
Sem esperar pelo que vem
Porque o futuro sempre chega
Se transformando em presente,
Sempre presente.
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