Não era um cometa,mas riscou meu
céu
As paredes ao meu redor eram o universo
inteiro
Saiu de uma luz tão brilhante quanto
poderia
Tão plena quanto a lua cheia,
Causando inveja nas estrelas que
lhe cediam espaço.
Recaio ao brega, ao clichê, à rima
barata,
Mas o que se diz dos poetas? Pobres-diabos!
Como se passa uma vida sem tocar
essa leveza?
Como se passa uma vida sabendo que
se está,
Mas sem saber onde?
Seu passo me acompanhava desde sempre,
Eu sei!
Mas qual o dia que iria te encontrar?
O hoje!
A luz!
O rompimento!
A qual nome responde?
Como eu poderia experimentar a calmaria
de suas agitações?
Tantos contos, tantos cantos
E eu andava em círculos,
E eu me perdia em minha cabeça,
Em minha cabeceira, queimando verbos
Perdendo os tempos
Subjuntivo
Sob um céu descolorido
Até seu riso de aquarela chegar.
E foi a curva mais acentuada do
caminho:
Brusca realidade
Leve
Afã!
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