Eu vi a
Estrela da Manhã rasgando o céu.
Eu estava lá,
bem perto dela, voando.
Eu a vi em
luta contra a escuridão,
Rasgando o véu
da noite,
Parindo o dia
e sua claridade.
Eu vi a
derradeira hora,
O último
suspiro noturno,
Que era também
o choro primeiro do que é novo.
Eu vi a terra
quase estremecer diante da beleza.
Vi seus olhos
castanhos nas sombras
Que escorriam
pelas areias do deserto.
Vi sua força
de beduíno em cada curva do vento
E me fiz
silenciosa em encanto e contentamento.
Vi a dança de
meus sonhos despertos,
Minhas
loucuras sãs e verdades vãs
Vi a cidade
despertar para sua rotina
E ninguém
perceber que céu e terra lutam...
Ninguém
perceber que a Estrela da Manhã peleja por nós,
Que ela se doa
e abre caminho para o Sol,
Que ela é
resiliente e deixa de brilhar
Quando o
primeiro homem sai da cama.
Eu vi os
homens esquecendo o brilho nos olhos,
Esquecendo
palavras sutis.
Vi o
apagamento da chama do amor,
Mas sei que
ele é como a Estrela da Manhã:
Ofusca o
brilho e não deixa de existir,
Finge
esquecimentos, mas sempre está ali,
Vigilante,
pelejando por nós,
Rasgando os
céus e as tempestades
0 Comentários:
Postar um comentário