Salto do céu e
toco o chão.
Meu vestido
paraquedas estaciona no assoalho.
Estou entre o
cansaço e o desafio,
Entre o que
imagina e o que deixo descobrir.
Se me cabem
suas interrogações,
Faço minhas as
exclamações.
Desmorono
pensamentos quebrados
Desses que
pareciam perdidos ao meio-dia,
Encontrados no
meio do dia, se (de)morando nos olhos.
Sou brincadeira
de quente e frio,
Verão-inverno,
estações desnorteadas.
Se o coração
precisava sangrar,
Desfez-se a
necessidade última de gritar.
Entrego sorrisos
bordados em tecidos leves
E junto ao
chão, ao vestido e ao tecido sou canção.
O ritmo de um
grito oco, passado, não me assusta mais.
Aprendi a
domar as dobras do tempo pra lá de onde enxergo
E é aqui,
nesse instante-espaço que salto do céu e toco o chão,
Que sou mais
eu do que nunca: liberdades em cetim,
Algo entre o
brilho e os olhos fechados.
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