Visitas da Dy

domingo, 14 de setembro de 2014

Saara


Herdei o peso da lua,
A inconstância de suas fases,
O frio de seus ais,
O breu de suas agonias.
Das tantas paixões não realizadas,
Outras tantas mal curadas
E um Saara de solidão.
Madrugadas convertidas em páginas,
Tempo desfeito, refeito, rarefeito.
Vida noturna: mais insone do que boêmia,
Mais de verso que de prosa.
Fogo no peito,
Frio no leito.
Vozes ao longe,
Rosários de pensamentos.
Conta
As
Gotas?
Conto os sonhos!
E carrego todo o peso

No crescente de uma lua.

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