Algumas vezes sou tocada pela reflexão sobre o meu papel e,
hoje, mais do que das outras vezes, o caminho que escolhi se abriu ante meus
olhos de modo a fazer-me relembrar o juramento mais lindo que fiz na vida.
No dia em que escolhi minha profissão, tão pequena, tão
criança, não sabia das maravilhas que me aguardavam, mas sabia exatamente o que
queria.
Aos 12, escolhi estudar História.
Aos 19, entrei para a faculdade e comecei a lecionar.
Aos 24, solenemente, jurei dar o melhor de mim. E ainda hoje
as palavras ecoam por todos os cantos de minha sala, pulsam em minhas veias
como se fossem meu próprio sangue e Clio, com toda a sua inspiração, não me
deixa abandonar o barco, por maiores que possam ser as tempestades.
Aos quase 30, relembro cada frase que disse e tenho a certeza
de estar no caminho certo, por amor ao tempo, às pessoas, à História.
“Eu juro, nos caminhos da educação lapidar o meu destino com
a sabedoria dos antigos, a força dos medievais, a razão dos modernos e a
ousadia dos contemporâneos.
Sigo, mas não sem antes, deixar aos mestres meu olhar de
respeito, gratidão e lealdade.
Em minha missão, um discípulo da honestidade na incessante
busca do conhecimento; da memória, a preservação do patrimônio, a integridade.
Da ética farei inviolável ordenação.
Jamais permitirei que ideais de fé, valores étnicos ou
sociais, partidários ou nacionais, comprometam o meu dever de levar o homem aos
portais do saber.
Faço destas promessas, solene e livremente, as leis de minha
própria consciência e glória, tendo o amor por testemunha, pela honra de fazer
história.”
Que minha afeição por Clio e Chronos não diminua nunca!
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