Na falta do presente
Que se abre pela ponta dos dedos
Desfazendo embrulhos de seda e fitas,
Cabe-lhe um sobressalto de empréstimo:
Pego, aqui e ali, palavras bobas,
Outras tontas de vinho,
E organizo com dedicada ordem.
Mentira! Eu sou uma desordem!
Que seja!
Pois, que pego palavras que não são minhas,
E juro que agora são suas.
Presente tolo de quem passa horas entre margens
E não sabe o que poderia ser de valor
Eis que oferto desejos:
De luzes e festas, saúdes e sonhos,
E tudo o mais que puder chamar de seu
Para que os novos dias valham a pena
Para que tenha força, coragem
E conquiste um pedaço de céu.
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