Quantas vezes eu a quis matar?
Sufoca-la em minha garganta,
Ver suas migalhas pelo chão...
Não é de hoje que a poesia me cansa
Com sua beleza que me dói,
Com seus sentimentos que desconheço.
Corro de suas palavras,
Mas suas vozes não me abandonam
E, por mais que eu desista, ela me habita
E tudo o que ela me pede é vida.
É que eu me permita parir seus amores.
Que me talhem as veias:
Preciso ser escrita pela poesia.
Essa que me grita aos ouvidos.
Essa que me consome e alimenta.
Essa que me traz alento e faz seguir.
Essa a quem já quis matar e acolho
Porque é tudo o que sou:
(In)consciente movimento.
0 Comentários:
Postar um comentário