domingo, 10 de novembro de 2019
Azimute
(Pôr do sol em Muriaé, 10 de novembro de 2019. Foto gentilmente cedida do acervo pessoal de Saulo Otoni)
Era findo o dia com suas cores,
Deslumbrantes aquarelas,
Dividindo o céu,
Semeando esperas:
Da lembrança,
Do poema,
Do beijo,
Do café.
E todo pensamento era refúgio.
E todo pensamento guardava o sol
No canto do olho,
No canto do peito,
No canto do pássaro,
Que embala as coragens nossas,
Herança da infância,
Num céu-menino-quase-preto
Esperando ser salpicado de cintilâncias.
O sol se põe e se deita no azimute.
Nós, miúdos, esperamos seu levante
Para levantar também.
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