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quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Tardes Perfumadas




O desassossego todo é filho do tempo.
Do tempo em que o desejo é constância,
Que o corpo é ardor,
Que o amor é saudade
E o peito é vago.
É tudo um desalinho
Frêmitos da juventude,
Inquietudes tão naturais quanto brutais .
Enquanto isso, a existência caminha,
Breve eternidade,
Acostumada com a ausência,
Com perfume de fim de tarde.
A juventude passa e se acalma.
O amor chega e faz morada.
As horas se estendem.
O fim tarda.
O toque que alucina também abranda
E se perpetua na memória.

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