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sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Calabouço




Caminhante na vida,
Andante das palavras,
Distraída por natureza e por versos,
Caí em armadilha desmedida.
Como que por encanto e magia
Envolvi-me com (sua) poesia
E aprisionada estou 
No calabouço de suas histórias
Em um tanto de segredos,
Meu degredo noturno,
Minha canção matutina,
De quem conta as horas
À espera da liberdade
Que só chega quando me abre
Os sentidos e as sensações,
Desamarrando-me com seus beijos,
Desfazendo-me sutilmente,
Na ponta dos dedos.

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