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terça-feira, 16 de abril de 2019

Ferida



Não, eu não quero lhe ver
Depois de ter-lhe sonhado a noite inteira.
Não quero relembrar o cheiro
Que ainda estava no travesseiro.
Não vou atender as ligações,
Quebrar o silêncio, 
Embriagar-me com sua voz.
Hoje não responderei ao bilhete entregue a outrem
Quando poderia te-lo deixado sobre minha mesa.
Não, eu não vou dizer uma só palavra
Vou guardar a saudade que é só minha
Esconder a euforia que sinto ao vê-lo.
Vou esconde-lo de mim, em minhas entranhas.
Vou apaga-lo dos meus dias.
Vou libertar-me percebendo sua ida
Vou lamber minhas feridas
E vou renascer

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