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domingo, 28 de abril de 2019

Da despedida de um amigo



Eu ainda não sei bem se meu café com cardamomo vai ser o mesmo amanhã. Se quando eu dançar um dabke, terei a mesma alegria que tive antes. Eu nem sei bem em quanto tempo vou conseguir lidar com a saudade.
Despedir de um amigo sempre foi algo que me assustou. Não sei lidar com perdas: de jogo de botão a adeuses longos. E hoje foi dia de adeus.
Hoje foi dia de refletir a brevidade, de colher lágrimas em abraços benfazejos, de repensar a dança, a vida, sentir dor e alegria ao mesmo tempo: aquele que se vai cumpriu sua missão. É uma felicidade chegar ao fim do trajeto e ser sinônimo de boas lembranças! Mas, sou egoísta, e me dói saber que amanhã beberei sua ausência.
Hoje eu queria um afago na alma, um cafuné em cada um que chorou comigo.
Hoje eu queria só amor, ser um vento calmo, mas fui lágrima e sal.
Hoje aprendi mais uma coisa com meu amigo: o sonho vale a pena e precisa ser continuado através de quem fica. Agora, todas as vezes que eu dançar, será por sua memória.
Agora que não está aqui  e não me incentiva, me inspira. E será por sua lembrança que meus pés encontrarão os palcos.
Ao querido amigo, Tufic Nabak, que hoje é muito mais luz do que já havia sido em vida.

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