Visitas da Dy

domingo, 31 de julho de 2016

Colheita





Tantos sonhos vivi...
Outros tantos estão por vir
E me inscrevem no mundo da fantasia,
Em terras distantes de onde meus pés estão.
Como chegarei, o que há de ser
Nem as estrelas sabem,
Mas há de se saber virar as páginas
Para o novo escrever.
Abandonar a escuridão
E mirar a lua:
Há, sob esse céu,
Muito mais do que se possa querer.
Há muito mais tapetes em que posso voar,
Muito mais sentimentos que posso transbordar,
Então, é preciso reconhecer
A hora da partida,
Do embarque,
Do desconhecido
E colher o que se dá.
Como fuga do cativeiro,
Liberdade é arriscar.
Todo o resto é medo.
Todo o resto é paralisia.
Todo o resto é o nada,
E para os céus que desejei,
Só o abismo me transportará.

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